segunda-feira, 25 de maio de 2009

Apesar dos pesares

Evoco os prazeres simples.
Uma tarde amena, com o pôr do sol em tons delicadamente alaranjados. O dia se vai confortável, quente, mas sem o demasiado calor dos primeiros meses do ano. Um cappuccino de receita própria; mais do que o sabor que aquece e agrada cada célula do corpo, um orgulho contido pelo sentimento de “eu que fiz”. A música favorita, que tocou no modo aleatório do mp3, com a chance de 1/286; ou, para os tarados em porcentagens, 0,0035%.
Um recém nascido que chora baixinho bem longe, o telefone que toca trazendo boas notícias, restos da torta doce do fim de semana e um livro para iluminar e engrandecer a tarde.
Nada semelhante a agitação de uma segunda-feira, conversas, barulho, poluição; tudo perde a proporção real perto do momento quase perfeito provocado pela mais aleatória das combinações. Não importa os problemas cotidianos, relevantes e imensuráveis. Parece que pelo menos o acaso está conspirando ao meu favor, e não dá para evitar um sorriso - tímido, é verdade – que insiste em se desenhar em meus lábios.

Tinha um surrão todo de penas cheio...
Um peso enorme para carregar!
Porém as penas, quando o vento veio,
Penas que eram... esvoaçaram no ar...

3 comentários:

Julien disse...

eu sinto saudades da minha nerdiziinhaa *.* parabéns pelo seu dia ontem.. dia dos nerdis ! haha³ :)

Carioquices disse...

somos dois! que saudade que eu tenho de ter tardes calmas, descompromissadas... toda essa correria, pessoas e afazeres! me dão nos nervos!

.laurel. disse...

Nossa, depois de tanto tempo sem ter uma tarde assim, ao ler isso veio uma saudade....
Pra falar a verdade faz tempo que eu nem vejo a tarde passar direito. Então, nesso momento, a sua descrição é tudo o que eu queria.

Beijão!