quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Qual vai ser o programa, hein?

No início eram só meus drugues, estes mesmo, que você conhece de longa data. Até que um deles sugeriu que nós fossemos a biblio, porque passar o dia bebendo moloco e fingindo que íamos a escoliuo não estava dando certo mais. Sem contar os maltchiques safados, que contavam horas vendo revistas de ptisas só de níjenes, algumas até completamente nagóis.

Chegamos lá bem escorre. Uma babúcheca avisou que a carteira para se associar era só um malenque; mas mesmo que custasse mais, o que não estava faltando era dengue nos cármans.

Enquanto isso, a babúcheca que nos atendeu na entrada chamou um tcheloveque, que nos privodiou ao andar superior, onde ficam os livros. No caminho ele falou até demais, contando a rascadze da djísene dele, e essa quel toda. Parecia que ele tinha esse rábite na biblio a muito tempo, mas não passava de um maltchique molodói, como a gente.
Esta Bíblio é uma méssito horrorshow, fica perto de uma das praças mais bonitas daqui de BH. Tem um saguão bolche, que cheira a lugar limpo e dorogói.

Cada um de nós ia procurar um livro em especial, e eu fui obstinadamente atrás do famigerado Laranja Mecânica. Depois de chegar a minha raze de procurar, qual não foi a minha surpresa de vê-lo ali, na estante, piscando para os meus glazes, só esperando que eu o pegasse. Esmequei igual bezúmine.
No ônibus, em casa, e na escoliuo. Todos os lugares se tornaram ideais para que eu lesse o livro, e terminei a leitura de uma raze só.
Desde então, eslucho tcheloveques falando que usar gírias nadsat é coisa de ptisa chute, mas nem ligo. Não preciso desses drugues mais.
Agora só me interesso pelo Alex, pelos tchassos brétchenes, pela biblio e por essa quel toda.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Sobre Aniversário e Álgebra

17. Número primo.
Nunca fui muito com a cara de números primos, eles não estão para brincadeiras. Não dá para encontrar divisores nem múltiplos comuns. Com eles a coisa é preto no branco, tudo ou nada, 17 ou apenas 1.
17 da idade somados aos 17 do dia, dividido pelo mês dois. Aí lascou-se, novamente 17. Um número que é símbolo de si mesmo, uma metalinguagem traduzida. Tudo o que este ano será, até que cheguem os 18.
Ah, os 18!
Com todos os seus múltiplos e divisores, cheio de possibilidades. Multiplicidade na faculdade e na lei, na carteira de motorista e do trabalho.
Mas, por enquanto, que venham os 17, pois apesar da bipolaridade, continua no comodismo descompromissado.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Não me diga!

Segunda-feira, 16 de fevereiro, em torno das sete e meia.
Cheguei do inglês, tomei banho e estava absorta em meio aos cadernos.
Dia comum. Fatos comuns.

O destino do meu dia seria a cama, até que a Dona Isabel chegou com a notícia de que minha irmã vai acrescentar um ser a estirpe dos Borges! E eu não estou me referindo a um individuo como o Guga, aquele shytzu maldito que alegra os meus natais. Ela está gerando uma coisinha, um aglomerado de células totipotentes que irá se tornar um bebezinho!

Minha irmã, grávida!
Eu, tia!
Meus pais, avós!

São muitas noticias que cabem em uma só, várias faces para esse mesmo conjunto de tecido meristemático que está se formando.
E a você, querida irmã, só deixo um recado: Parabéns, sua vaca! Muito obrigada por eu não ter sabido disso pela sua boca.

Bem, e o meu dia continuará acabando na cama. Mas agora, com um pensamento a mais para fluir na cabeça.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Pasárgada

Era uma vez o Condado do Orkut.
Onde tudo é bonito, azul da cor do céu.
Neste Reino, há muitas princesas, todas trajando suas melhores roupas, enfeitadas com jóias e com o sorriso perene. Todas são legais, bonitas e ainda são inteligentes! Afinal, citam Clarisse Lispector e Shakespeare, oras. Lá elas colecionam fotos com suas amigas eternas nos lugares mais legais que esteve; às vezes juntas, às vezes separadas, são todas muito admiradas.
Elas estão em busca do Príncipe do Orkut, aquele mesmo, do cavalo branco. Mas o caminho em busca do príncipe não é nada simples, pois lá também é o habitat de tantos sapos!
No Condado do Orkut todo mundo se ama, fazem demonstrações públicas de carinho, ninguém é deixado de lado, todos são muito importantes. E se bate a saudade, nada que meia dúzia de palavras não resolva.
Lá todo mundo é amigo, não existe discórdia; Todo mundo é feliz.
Mas não se esqueça: Só no Condado Encantado do Orkut.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

♪ What have you done to my heart?

E aí que eram duas da manhã, e ela estava em frente aos seus velhos álbuns de fotografias, depois de muitos CDs de Cappuccino e litros de Billie Holiday. E um pensamento lhe dominava, aquele que se sobrepunha ao mol de todos os outros era: ‘Porque raios ele tinha que ter braços tão quentes?’
Não só quentes, mas também fortes e aconchegantes.
Além de tudo, acolhedores e afáveis.
Enfim, braços que lhe faziam uma falta indizível naquela noite.

Eles se conheceram na viagem, e desde a volta que as coisas não eram as mesmas. As juras feitas pareciam obsoletas em meio a tanto concreto, e os olhares não se assemelhavam em nenhum aspecto ao brilho que ela havia presenciado em meio àquelas montanhas.
Tratou logo de tentar esquecer tal rapaz, o que foi dificultado pela presença freqüente, em pensamento, de seus ombros, costas, olhos e braços.
Ah, os braços.

Enquanto estava envolvida em si mesma, a campainha toca, e uma série de acontecimentos acontece simultaneamente: ela pula do sofá, o coração acelera, e a boca fica seca. Sim, a adrenalina.
A campainha toca novamente.
Ela abre a porta, com todos os seus anseios em um girar de maçaneta. Mas era só a Carol, trazendo mais um pote de sorvete.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Dois longos meses.



Isto é o que chamam de férias escolares.
Isto é o que eu chamo de tédio previamente delimitado.

Fortunadamente, amanhã voltam as aulas e as atividades matutinas. E não há quem não me convença de que, daqui a dois meses - no máximo -, eu vou estar suplicando por dias vazios sem ter o que fazer.
A vida realmente tem um puta humor negro.