terça-feira, 30 de junho de 2009

*Respira.*

Pode até ser por causa do Pink Floyd em excesso, das teorias da conspiração que têm chegado aos meus ouvidos recentemente, ou ainda, sincera falta do que fazer, mas fato é que hoje me dei conta de que somos todos estimulados a seguir o rebanho antes mesmo de termos consciência da sociedade que nos cerca.
“Pára de fazer arte, menino!”
Arte vira sinônimo de bagunça, contratempo; menino arteiro é aquele que dá trabalho para a mãe e é o terror das visitas.
“Deixa de inventar moda e anda rápido!”
Inventar moda é o que a criança busca fazer de novo, do seu jeito; é como se dissesse: não seja um vanguardista meu filho, pois não vai dar certo mesmo.
O problema não está no pito, mas nas palavras que são usadas, na associação de idéias que ela provoca. Somos, desde crianças, coagidos pelas pessoas ao nosso redor a esquecer a nossa visão única de mundo, e passar a enxergar tudo como todos, sem inovações, sem rebeldia, em nome da formação de pessoas iguais e previsíveis! A arte e a inventividade perdem seu caráter de expressão da criatividade individual em busca de uma uniformidade de pensamento. Não há porque ser diferente, afinal, foi mais do que comprovado que é de outro jeito que as coisas funcionam. Não tente, desista. Não mude, aceite.
Estou estupefata.

6 comentários:

.laurel. disse...

Oie. Claro, pode sim colocar um [2]. E eu não cobro patente. Fique a vontade.

Pois é, nem me fale de vestibular. Apesar de que, estou gostando dos livros esse ano. A Crônica, eu achei ótimo.

E quando eu tiver meus filhos, tentarei deixá-los ser vanguardistas.

Beijoo

Clockwork Orange Droog disse...

A liberdade...

Ela realmente existe?


Não... Somos escravos do sistema, cópias pioradas de humanos que já viveram. A nossa geração não aprende nada, e somos forçados a seguir um modelo que não visa a nossa liberdade.


"Este é o nosso mundo, o que é demais nunca é o bastante e a primeira vez é sempre a última chance." Renato Manfredini Jr.



Saudações de outro blogueiro!

Anônimo disse...

E aí! Deu uma passadinha discreta lá pelo Fala Cassilda!... nenhum comentário, nenhum "alô"... nenhuma resposta... Pensou sobre trocarmos nossos links ou banners?

Rosca disse...

Discordo do nosso droog acima. A liberdade não só existe como é fácil de encontrar. A pergunta real é se queremos vê-la ou não.

Afinal, não nascemos cópias pioradas, nos tornamos assim pelas pobres escolhas que fazemos. O potencial de cada um é desperdiçado por simplesmente não ser utilizado.

Palavras de alguém que viu, na arte, a liberdade.

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Ah, e excelente texto mary, bem o que a gente conversa mesmo hehe

JuuH disse...

Há porque ser diferente siim Mariziinha.. ANDE NA CONTRA MÃO DO MUNDO ! ;)

nucci disse...

de acordo com o Gustavo

a liberdade é o nosso valor "default".
o que nos tira ela é o (mal) preenchimento do papel que nós somos.. em muito, por parte de outros papéis mal preenchidos

e apagar é muito mais difícil que "deixar de escrever"! daí a infância ser tão importante pra uma pessoa