sábado, 4 de julho de 2009

Queridos Anônimos


“Ô paiê, quem foi Antônio Carlos? E um tal de Afonso Pena? E aquele outro, Carlos Luz?” Ele me informou que todos foram presidentes do Brasil, sendo que este, o último do meu interrogatório, teve o desplante de ficar apenas 3 dias no governo da nação. Satisfeita esta breve curiosidade, de infinitos nomes de pessoas nomeando partes da cidade, muitas outras surgiram. Algumas saciadas, como no caso que contei, outras ainda incógnitas. A atual e principal é a Biblioteca Estadual Luiz de Bessa; este não foi nem Presidente da República nem Engenheiro – como é o caso do Senhor que dá nome a minha rua. Procurei no melhor melhor meio para buscas deste tipo de pergunta, porém descobri apenas que ele também tem sua graça estampada na Escola Estadual Luiz de Bessa. Aquele outro ínfimo site de buscas também não ajudou. Quem foi este homem, meu Deus? Imagino o Sr. Luiz, um homem austero; usava óculos, promovia uma distância passível de respeito para as pessoas ao redor, mas era risonho nos almoços em família aos domingos, quando os filhos se lambuzavam no espaguete preparado pela Sra. Bessa. Foi uma criança ágil, atenta, e muito equilibrada. Um homem que não estava entre os demais, que mereceu honrarias, e hoje descansa. Só não decidi ainda se nesta vida ou nas outras; ou em nenhuma delas.

Na minha megalomania, imaginei a biblioteca Mariana Borges, guardiã de todos os conhecimentos que não tive a oportunidade de acumular em vida. Estaticamente pousada em uma rua de grande porte, mas que se renda ao movimento dos cidadãos a sua volta, e esteja lá para dar aquilo que não se gasta, que nunca é tomado de ninguém, a cultura e o conhecimento que só podemos compartilhar, promovendo sabedoria. Lugar de criar a sede da leitura, e promover calmantes para ela; mas nunca sará-la, relegando aos que a frequentarem os melhores paliativos para tal agonia, até a próxima semana. Aí um dia, alguém passará na sua fachada e também se perguntará quem foi aquela Mariana-sei-lá-o-que.
Estes são apenas capítulos do livro de quem se imortaliza no ignorado mundo dos mapas e dos referenciais; eterno e desconhecido: um nome, mais do que nunca. No caso do Seu Bessa, protegido pelas paredes idealizadas por Niemeyer e concebidas pelo então governador Juscelino Kubitschek, em 1954. Por maior que seja o meu desconhecimento em relação a ele, a admiração já é de bom tamanho.

*caham* Sim. Antônio Carlos não foi Presidente do Brasil. Maldita avenida que me confundiu.
É isso (:

8 comentários:

Clockwork Orange Droog disse...

Doido....Anônimos rules!




Ps. Antônio Carlos nunca foi presidente... Ele foi governador, mas na época era dado o nome de presidente de estado!

Carioquices disse...

"mariana borges(Mariana - 1992)- presidente da academia mineira de letras, formou-se em ciaaiajdha e logo passou a trabalhar em jornais. escreveu diversos livros, entre eles 'ajsgrjasg'. Quando jovem, escrevia num blog, comia goiabas e conheceu um carioca. Imortalizou-se por suas fantásticas obras vanguardistas que permearam os novos rumos da literatura nacional."

um dia você vira um artigo da wikipédia!

Rosca disse...

Po Mary, Antônio Carlos era presidente de estado!

Tirando isso, bom texto!

méuri disse...

Caramba, Droog e Gustavo, me desculpem!
Deu aqueeeela vontade de editar agora, mas deixa pra lá, né, isso é feio. haha

[Tomara que você esteja certo, Lê! *-*]

JuuH disse...

Mari com seu artigo na wikipédia..\õ/\õ/ wikipédia nem eh grandes coisas..mas eu achei doido o comentário do Lê..


Mariizinha vc eh tãããão nerdziinha.. :)

Luzinha disse...

Procurei o nome da minha rua e não encontrei nada rsrs...deve ser parente de algum político da época.. rsrs

nucci disse...

caramba, ontem escrevi (mas nao era o assunto principal do topico) uma dessas viagens sobre nomes desconhecidos.. é, eu tambem tenho isso.. não necessariamente com nomes imortalizados. eu lembro que quando era criança, podia ser até com a mulher que estava logo ali no onibus, por exemplo

ah, e Mariana, o Antonio Carlos não foi presidente, foi só governador daí!

Pedro disse...

na verdade, Antônio Carlos não foi presidente. muito menos governador! Mais conhecido como Tonhão. Graande Tonhão! esse não pedia votos, nem subia em palanque para discursar sobre ideologias partidárias. Tonhão gostava mais de música.