quinta-feira, 14 de abril de 2011

Postando meus rascunhos (18/01/2011)

Minutos antes, eu estava assistindo ao filme Pulp Fiction. Não que ele tenha especialmente me tocado de alguma forma - embora seja bem bom -, mas, quando dois gangsters estão discutindo sobre um homem morto no porta malas, um deles pergunta: Quem era ele? E o outro, prontamente responde: Ninguém de quem sentirão falta.

Ignorando que é um filme, e o ponto de vista que tenho é o ponto de vista que filma e me conta a história dos personagens principais, os gangsters, eu tive aquele pensamento que me sobrevêm principalmente a noite, quando estou sozinha e sem sono, e que em muita das vezes gera pânico: nós vamos morrer. Todos nós. Em algum momento, você não conseguirá mais inalar o ar. E acabou.

OK.

Não que isso será uma preocupação pós-morte, mas quem sentirá sua falta? O que estamos deixando? Porque eu deveria acreditar que não sou mais uma das muitas garotas que tem um blog, e escrevem nele às 2:40 da manhã para desabafar? O que me torna única, para que sintam falta de mim? (O que te torna único, para que sintam falta de você?)

Um comentário:

PF disse...

Nas vezes em que eu planejo meu desaparecimento (uma fuga sem deixar rastro nenhum) eu penso nisso também. Mas eu sempre acabo indo para o lado "eu sentirei tanta falta de x, mas não acho que x sentirá tanta falta assim de mim". Acho que minha carência sempre fala mais alto.